Entrevista com Carlos Henrique Martins
Carlos Henrique Martins é um dos participantes do Concurso Parceria pela Vida pela empresa Montag, de São Paulo.
Quando recebeu uma placa com a sua foto e frase estampadas, ele compartilhou conosco uma história super interessante, de superação do seu medo de altura. Veja abaixo.
1. É verdade que quando começou a trabalhar, você tinha medo de altura? Como isso influenciava o seu trabalho e o que foi feito para que seu medo fosse embora?
Eu já estava na empresa há um ano e meio trabalhando como ajudante de eletricista e eu só tinha subido em poste no treinamento de resgaste, quando iniciei na empresa.
Ia acontecer um curso de NR35 e, três dias antes, a técnica de segurança me disse que havia colocado o meu nome na lista para participar. Para mim, foi uma surpresa, pois eu tinha pouca experiência em cima de poste e também por não ter pedido para participar. Conversei com a técnica de segurança e lhe disse que eu tinha um pouco de medo de altura e não sabia como iria me sair trabalhando em cima do poste. Ela me deu confiança e me disse para não perder a oportunidade e não desistir sem tentar, que iria demorar para aparecer outra chance dessa. Disse que colocou meu nome, pois eu era um funcionário que não faltava e que vinha realizando diversos cursos que eles pediram, como o big jumper, entre outros.
Com tudo isso, acabei aceitando e fiz o curso, mesmo com toda dificuldade para realizar a parte prática. Como eu queria muito atuar nesta profissão, tentei fazer melhor a cada dia com ajuda dos meus companheiros no apoio. Com isso, o medo e receio passaram e eu consegui passar no curso!
Voltei a trabalhar e fui para uma equipe já como eletricista e lá, todos os dias, subia no poste. Os primeiros dias foram tranquilos, mesmo ainda com um pouco de receio. Depois de, mais ou menos, dois meses, comecei a ter torturas fortes, então eu tinha que descer, jogar água no rosto e esperar passar. No início, isso acontecia de vez em quando, mas depois de um tempo começou a virar rotina e acontecer cada vez com mais frequência, até que chegou uma hora que não dava mais e achei melhor pedir para parar de trabalhar em cima do poste.
Conversei com nosso supervisor e gerente e eles me ajudaram muito. Aceitaram que eu voltasse a ser ajudante de eletricista, pois corria o risco de acontecer algum acidente. Foi muito bom eles terem aceitado, pois eu não queria perder o meu emprego, já que precisava muito dele.
Voltei a ser ajudante, trabalhei por mais 11 meses neste cargo, e nunca mais tinha tentado subir no poste. Neste período, continuei a cavar buracos, sem poder pedir aumento e parado na profissão que eu tanto queria. Isso me incomodava, por não ter dado certo da primeira vez. Quis tentar pela segunda vez, pois poderia dar certo, e dessa vez eu contava com o apoio da minha namorada, que sempre esteve ao meu lado e me pediu para tentar de novo. Ela me passou confiança e eu também conversei muito com Deus para ver se era aquilo mesmo que estava destinado a mim. Porém, fiquei com medo de pedir e não dar certo novamente.
Passaram-se duas semanas e o supervisor veio dizer que estava faltando eletricista, pois um havia se desligado e eles estavam com uma vaga em aberto. Ele me perguntou se eu não toparia voltar e que isso seria muito bom para mim e para a empresa. Por ser novo, eu vi que essa chance poderia ser a volta por cima e que não custava tentar. Era exatamente aquilo que eu queria e dessa vez poderia dar certo, tanto profissionalmente quanto financeiramente.
Aceitei a proposta e a empresa esteve ao meu lado o tempo todo, me dando apoio desde o retorno ao cargo de eletricista até no fornecimento dos melhores materiais, como o cinto de segurança da LEAL, que me dá muita confiança para trabalhar nas alturas!
Graças a Deus, há 5 meses não tenho tonturas e continuo subindo em postes todos os dias, sem nada que atrapalhe o meu serviço.
Do alto de uma travessia de pista, em Caucaia, eu percebi que sou totalmente capaz e que com Deus, com a minha família, com a empresa que me ajuda do meu lado e trabalhando com segurança, tudo vai dar certo e eu irei melhorar cada dia mais, sendo um bom profissional e me superando cada vez mais por muitos anos!
2. Como foi participar do concurso parceria pela vida?
Eu sempre gostei de tentar coisas novas e quando vi o concurso achei muito legal. A apresentação com o mágico foi muito boa e me motivou a participar, fora o prêmio que me ajudaria muito.
3. Para você, é importante que a empresa que você trabalha se preocupe com a segurança dos seus trabalhadores? Você acha que participar do concurso é uma forma de se fazer isso?
É sempre muito importante trabalhar com segurança e nossa empresa, juntamente com o técnico de segurança, exige muito nessa parte. Segurança, para nós, é poder voltar para nossa família, que está sempre nos esperando.
A segurança tem de fazer parte da nossa rotina para que não aconteça nenhum acidente e, caso aconteça, que seja seguro.
Eu gostei da proposta do concurso por ser diferenciada e ligada a estes valores, então me inscrevi e vou me inscrever de novo para ganhar este prêmio.
4. Como é ter uma foto sua estampada em uma placa, colada nas paredes da empresa, mostrando a superação do seu medo?
Foi muito bom, de verdade! Isso mostrou que minha escolha deu certo e mostra que todo mundo é capaz de se superar todos os dias.
Peguei a frase inscrita no concurso de um quadro que tenho em minha casa, da minha avó: 'Não diga para Deus o tamanho do seu problema, diga para o seu problema o tamanho do seu Deus'. Foi Ele quem tirou aquela tortura de mim e me ajudou a continuar.
Categoria: Notícias
Publicado em: 24/11/2020